tag:blogger.com,1999:blog-87904644018744454552024-02-19T07:56:47.889-08:00Felicidade é tempo."Deus é paciência"Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.comBlogger405125tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-37535848856176772482018-01-17T04:58:00.000-08:002018-01-17T04:58:06.341-08:00(in) mundoFilho de todas as mães.<br />
Irmão de todo o mundo.<br />
Viver<br />
Morrer<br />
Segundo<br />
Coroas de flores<br />
O berço<br />
O túmulo.<br />
entre tantos<br />
um é escolhido.<br />
para o nosso bem<br />
para o nosso mal<br />
Sertão<br />
De cada um.<br />
Menos<br />
Mais do mesmo.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-11966035130946144522015-04-11T06:56:00.000-07:002015-04-11T07:12:53.785-07:00Bem te viSecreta Miranda.Digo Miranda porque me lembra algo relacionado a atriz Meryl Streep. Sim, claro! O Diabo veste Prada. Diabo por que lembro o Guimarães Rosa, "o diabo na rua,no meio do redemunho". Prada pelos modismos do mundo. Ser Chic nem custa, assim tão caro. A vida é ser pluma e pedra. Pedra me lembra Drummond. Pluma a felicidade do Tom do Vinícius pra falar de amor. Amor Adriana Calcanhotto Porto Alegre Santa Cruz do sul de Lya. Pronto cheguei em Lya e citei o Porto Alegre de Adriana C. por sua vida poética, de mulher sentimento, citei pelo momento, dessa pedra, de agora, em seu caminho. Dessa facilidade que essas mulheres do sul tem pra falar sentimento. Sul..tilmente.<br />
<br />
<span style="background-color: #dbedfe; color: #373e4d; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.3599996566772px; white-space: pre-wrap;">"meu coração dispara, quando vem o teu cheiro dentro de um livro."</span><br />
<span style="background-color: #dbedfe; color: #373e4d; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.3599996566772px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="background-color: #dbedfe; color: #373e4d; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.3599996566772px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
Sonhei que te vi plantando margaridas em Madri.<span style="background-color: #dbedfe; color: #373e4d; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.3599996566772px; white-space: pre-wrap;"><br /></span><br />
<br />
Eu sei que é Secreta Mirada.<br />
Eu sei que é amor...<br />
<span style="color: white;">SSS</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-26179331500002756102015-04-07T05:19:00.002-07:002015-04-07T05:19:50.569-07:00Café amargo com sexo e poesia.Vem, que eu sei que você tem saudade.<br />
E não sei se você sabe, mas moro nela.<br />
Meu bairro, meu lugar.<br />
<br />
Vem, antes que seja tarde.<br />
Vem, antes que me desespere e perca...<br />
A paz do nosso amor.<br />
<br />
Vem, antes que faça a guerra.<br />
Que eu feche o tempo.<br />
Vem, antes que faça chover forte.<br />
Que eu arraste tudo...<br />
Vem, antes que eu diga que minha vida tá perdida.<br />
Vem, sem ter despedida.<br />
Vem, mesmo que depois tenha que recomeçar...<br />
<br />
Vem, antes que aceite.<br />
Vem, e me aproveite<br />
Vem, antes que o tempo da gente passe...<br />
Vem, todo cheio de arte.<br />
Vem, pode ser a tardinha.<br />
Vem, provar da criatividade minha...<br />
Com café, sexo e poesia.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-57370083649117667992015-03-01T06:03:00.000-08:002015-03-01T06:17:04.897-08:00O jogo da vida já vem com manual de como jogar. Ir ou rir.<br />
Sentar ou chorar.<br />
<br />
Estou na mira dos governos.<br />
Estou na mira dos comerciais de tvs.<br />
Sou o alvo o tempo todo.<br />
Sou bobo, tolo e alegre...da corte.<br />
Agora eles sabem quem foi Marques<br />
Agora eles sabem quem foi Marx.<br />
O Capital<br />
A Capital<br />
Chupem eça!<br />
<span style="color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">Ora, </span><em style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">se non é vero é bene trovato</em><span style="color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">…</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">A ditadura queimava livros.</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;"><br /></span>
<br />
Estamira<br />
Estou mal<br />
Com tanta babaquice no jornal.<br />
Tanta coisa pra me distrair<br />
Controle do real.<br />
Controle remoto.<br />
Cuidado:<br />
Instrumento de busca.<br />
Instrumento de tortura.<br />
Instrumento de censura.<br />
<br />
<br />
Intelecto lapidado<br />
<br />
Espero que cada livro seja minha carta de alforria dessa escravidão moderna disfarçada de paz e alegria. Salve a poesia. Salve o absolutamente nada das coisas. Salve o presente.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-70393836541141300352015-03-01T04:56:00.001-08:002015-03-01T07:03:20.707-08:00Era uma falta de mar<br />
<div style="text-align: center;">
<i><span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">Eu ria e chorava um rio</span></i></div>
<i></i><br />
<div style="text-align: center;">
<i><i><span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">Mas nunca uma dor foi tão bela</span></i></i><br />
<i><i><span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></i></i>
<i><i><span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></i></i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAhTf79-ol_4_mw45sz80k_mV94qqRnURSt0HQ4lEGYuA76PNY48xhe1sQCFaJXAoi5gsfilMatCcZo6zIGOK2Mp3gy8-uklv9wPfWwkamPln_xmn87W8GJi9BVBAIHIRbx5x2HuDw0po/s1600/por+enquanto.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAhTf79-ol_4_mw45sz80k_mV94qqRnURSt0HQ4lEGYuA76PNY48xhe1sQCFaJXAoi5gsfilMatCcZo6zIGOK2Mp3gy8-uklv9wPfWwkamPln_xmn87W8GJi9BVBAIHIRbx5x2HuDw0po/s1600/por+enquanto.jpg" height="320" width="320" /></a>Antes havia um escuro. Nem sei bem se andara sonhando.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo quarto, mesma cama, mesmo quadro e uma extensa vida lá fora forrada por uma cortina.</div>
<div style="text-align: justify;">
Se esticou para puxar um pouco a janela. Entrou um pouco de luz no espaço quarto tempo. Planejou ouvir uma canção do Moska cuja a melodia não saía da sua mente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deixou pra lá, fez silêncio.Olhou pro teto e pensou...Queria pensar de outra forma.Queria mudar a rota.Pra quê?Pra quem? Pensar positivo.Pensar poesia.Pensar primeiro.Tudo agora: Presente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tom prosaico, o largo sorriso andou desaparecendo do seu rosto. Intimamente pra ele era uma falta de mar. Apenas isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sempre tinha essa manina de não saber lidar com presentes e com pessoas que lhe dão presentes querendo algo em troca. Ele preferia não receber tais presentes, por não saber lidar com a euforia diante do regalo. Sibilava mais que falava. Seu silencio o tornava enigmático e pouco interessado em ouvir, falatórios inúteis e partidos político, entre a esquerda e a direita ficava entre. Entre entrar para o quarto ou ficar na expectativa de algo inteligente e com presença de espirito. Que de fato promova a mudança e não todos esses insultos que vão contra a dignidade e liberdade humana.</div>
<div style="text-align: justify;">
Se levantou olhou no espelho,que pra ele já havia perdido a razão. Ele sempre se via interiormente acabado, mas o espelho o retratava como um homem bonito, marcado por uma tristeza que o tornava ainda mais atraente. Cabelo sem pente, barba e bigode com fios soltos, a escova de dente. Respirava fundo,sabia que estava se tornando um ser estranho. Estranhamento virou uma canção num poema pra ele...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A mesa do café posta.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tem tudo que ele gosta.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sua mãe depois de mais de 30 anos voltou a se preocupar com ele:</div>
<div style="text-align: justify;">
"tanto que falo pro cê cuidar dessa alimentação, tanto peço em oração."</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas como, se ele não tem fome?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Precisou colocar umas cartas nos Correios. De chinelo, bermuda e camiseta pegou a chave do carro. Dirigir lhe causava enorme prazer de movimento e isolamento. Sempre ia com tranquilidade, atento as regras, aguardando sua vez. Nunca tinha pressa quando estava ao volante. Sempre encontrava uma vaga boa, os sinais abertos e o caminho livre, Nas mãos sempre um livro. Pra o livrar de todo mal: o tédio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesse dia um desconhecido o chamou de esnobe, assim do nada, assim sem alguma ação que provocasse aquela reação gratuita. Foi na fila dos Correios, um rapaz sentando ao seu lado esperando atendimento, volto a dizer desconhecido, pediu um pouco da sua água, que estava tomando na garrafa. Ele achou aquilo estranho mas mesmo assim passou a sua garrafa. Em seguida, o desconhecido puxou um assunto, mesmo o vendo preso a leitura de um livro . Pra cada comentário vazio do cara desconhecido, ele balançava a cabeça... Não havia ali uma pergunta objetiva, uma presença de espirito, ambiente favorável. Ele só queria depositar as cartas e voltar pra casa, pra sua cama, livros, musicas, sobrinhos. Sim dentro da rotina, brincar com os sobrinhos, era o melhor exercício pra sua alma. O rapaz pareceu não entender e pediu seu telefone. Ele anotou no papel e quando foi embora se despediu com um silencioso sorriso entregando o papel com o telefone nas mãos do desconhecido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cada um sabe como se distrair e atrair pessoas nas ruas. Ele não estava nem pra um nem pra outro. Sem querer esbarrar em ninguém ele entrou no carro, assustado viu um motoqueiro alinhado ao seu veiculo, Ele tirou o capacete, nessa hora ele percebeu que era o rapaz desconhecido, insistindo na cantada: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<i>-Você é lindo.</i></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<i>(Silenciou...)</i></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<i>-Ei, to lhe dizendo: e</i><i>ssa barba, esse bigode...poxa </i></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<i>Você tá exótico demais. </i></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<i>Charmoso.</i></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<i>(Enigmático olhar de indiferença )</i></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<i>-Obrigado. Respondeu</i></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<i> E foi em silêncio.</i></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<i>Sem nem dizer </i></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<i>Nada. </i></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<i>Ou de nada ( como costume) </i></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(Brasil, Minas, Belo Horizonte - Critique sofistique a inutilidade dos elogios)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao chegar em casa chegou uma mensagem em seu celular:</div>
<div style="text-align: justify;">
"gostei de você, tem charme, bonito mas me pareceu muito esnobe, sem interesse."</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não soube o que fazer com aquilo, pensou sobre a imagem de esnobe que transferiu ao outro, ao desconhecido.Cada um de um observatório situado num espaço diferente no tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Voltou pro quarto. Sem música, sem livro, sem luz e voltou a dormir.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não me belisque, ainda que esteja sonhando...me deixe!</div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto uma dor concreta, pessoal e compreensível.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-64151958642790605172014-08-10T14:25:00.000-07:002014-08-18T18:40:18.644-07:00Vida Menor - Carlos Drummond de Andrade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<i>A fuga do real,</i><br />
<i>ainda mais longe a fuga do feérico,</i><br />
<i>mais longe de tudo, a fuga de si mesmo,</i><br />
<i>a fuga da fuga, o exílio</i><br />
<i>sem água e palavra, a perda</i><br />
<i>voluntária de amor e memória,</i><br />
<i>o eco</i><br />
<i>já não correspondo ao apelo, e este fundindo-se,</i><br />
<i>a mão tornando-se enorme e desaparecendo</i><br />
<i>desfigurada, todos os gestos afinal impossíveis,</i><br />
<i>senão inúteis,</i><br />
<i>a desnecessidade do canto, a limpeza</i><br />
<i>da cor, nem braço a mover-se nem unha crescendo.</i><br />
<i>Não a morte, contudo.</i><br />
<i>Mas a vida: captada em sua forma irredutível,</i><br />
<i>já sem ornato ou comentário melódico,</i><br />
<i>vida a que aspiramos como paz no cansaço</i><br />
<i>(não a morte),</i><br />
<i>vida mínima, essencial; um início; um sono;</i><br />
<i>menos que terra, sem calor; sem ciência nem ironia;</i><br />
<i>o se possa desejar de menos cruel: a vida</i><br />
<i>em que o ar, não respirado, mas me envolva;</i><br />
<i>nenhum gasto de tecidos; ausência deles;</i><br />
<i>confusão entre manhã e tarde, já sem dor,</i><br />
<i>porque o tempo não mais se divide em seções; o tempo</i><br />
<i>elidido, domado.</i><br />
<i>Não o morto nem o eterno ou o divino,</i><br />
<i>apenas o vivo, o pequenino calado, indiferente</i><br />
<i>e solitário vivo.</i><br />
<i>Isso eu procuro</i>."Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-2244592995760722012014-08-10T14:16:00.002-07:002014-08-18T18:39:49.383-07:00Fico assim<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Eu cri cri cri<br />
Que fosse um gafanhoto.<br />
Mas era música.<br />
<br />
Adriana Calcanhotto.<br />
De rosto. <br />
<br />
Pertim de mim.<br />
Bem assim...<br />
Sibilando com o vento<br />
Bem ali<br />
No canto.<br />
<br />
Partimpim Pianim<br />
Feito criança.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-13650902170902051132014-08-06T06:14:00.002-07:002014-08-18T19:40:41.661-07:00Amizade próxima e tão distante.Sonhei essa noite que pedi ao meu amigo Robles que me mostrasse onde era a casa da Adélia.<br />
Ele reside em Divinópolis, essa cidade que é o meu parque de diversões poéticas.<br />
Lugar que eu desconheço, mas que sinto demasiadamente como encantado.<br />
<br />
Lugar de fantasias.<br />
<br />
Cheguei aqui em 1978 com o coração disparado. <br />
<br />
No meu sonho eu era a carne viva.<br />
Em contato com a metafísica da Pessoa Adélia.<br />
No meu sonho eu era um choro sofrido e um abraço.<br />
Como quem quer abraçar o mar.<br />
Tudo é possível.<br />
Nem tudo é imaginação. <br />
No meu sonho eu era feliz.<br />
Nada de coração partido.<br />
Ele estava inteiro. <br />
Pulsando vida. <br />
Disparado em prosa e poesia.<br />
<br />
"Na cama larga e fresca um apetite de desespero no meu corpo. Uivo entre
duas mós. Uivo o quê? A mão de Deus que me mói e me larga na treva. Na
boca de barro, barro. Quando era jovem pedia cruz e ladrões pra
guarnecer meus flancos. Deus era fora de mim. Hoje peço ao homem deitado
do meu lado: me deixa encostar em você pra ver se eu durmo." Coração Disparado<br />
. Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-31714919193817388752014-08-06T05:32:00.000-07:002014-08-06T05:36:24.365-07:00How Low<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O primeiro passou </span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O segundo passou </span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU4e868nIdCtQtDifDIGuEPQEIGufImkrZoqr7XzKl-00Z6lddQMNlHE26yKwFA7xPxizR4kRnAYXRo34P_xc8garUvwyV9iHPIwqNlVtyy-XqhPyLD-upkw44JWWvmZfW303Ybq1nMWs/s1600/consolo_na_praia.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU4e868nIdCtQtDifDIGuEPQEIGufImkrZoqr7XzKl-00Z6lddQMNlHE26yKwFA7xPxizR4kRnAYXRo34P_xc8garUvwyV9iHPIwqNlVtyy-XqhPyLD-upkw44JWWvmZfW303Ybq1nMWs/s1600/consolo_na_praia.jpg" height="216" width="320" /></a>O terceiro passou</span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Ah o amor.</span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A vida continua...</span></i><br />
<br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">É que sou meio tristinho a maior parte do tempo.</span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Mar pra mim é coisa alegre e triste.</span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Água é muita coisa.</span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Choro manso.</span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Areia fina. </span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Ampulheta</span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Tempo sina. </span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Praia meu consolo. </span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Apesar da dor de Ser tão...</span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">"Deus é paciência", diz Rosa. </span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Mas o coração continua... </span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></i>
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Acordei ouvindo José Gonzáles voz e violão: </span></i><br />
<br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">"para onde
ira se deslocar,
agora que é a guerra,
agora que é guerra? "</span></i><br />
<br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Acordei com o livro do Drummond A ROSA DO POVO sobre o peito:</span></i><br />
<i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Busquei nele o meu consolo na praia.</span></i><br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-63753103036485162072014-08-04T15:03:00.001-07:002014-08-18T18:41:37.279-07:00Todos os olhos<div class="fr">
Tente de novo.</div>
<div class="fr">
Tente outra vez. </div>
<div class="fr">
Falhe de novo. </div>
<div class="fr">
Falhe melhor. </div>
<div class="fr">
Afasta de mim esse cale-se. </div>
<div class="fr">
Deus é paciência.</div>
<div class="fr">
Diabo é o contrário disso.</div>
<div class="fr">
Objeto. </div>
<div class="fr">
Trajeto.</div>
<div class="fr">
Importa é a travessia.</div>
<br />
<div class="fr">
Onde o perigo é maior emerge a salvação.</div>
<div class="fr">
O que a vida quer da gente é coragem. </div>
<div class="fr">
O medo é o nosso melhor companheiro. </div>
<div class="fr">
Estamos todos sujeitos.</div>
<div class="fr">
Juízo</div>
<div class="fr">
Ser</div>
<div class="fr">
Num ameno azul.</div>
<div class="fr">
Ser tão das coisas.</div>
<div class="fr">
Ser tão sem fim.<br />
<br /></div>
<div class="fr">
Ser caçador de mim.<br />
<br />
Estava com elas ali no show do Milton.<br />
Na mais fina companhia. <br />
Ali no Palácio das Artes com a Rainha e a Princesa.<br />
Atrasados como sempre.<br />
Sentamos em lugares diferentes.<br />
Mãe e filha juntas algumas cadeiras atrás. <br />
Eu, quase lá na frente. <br />
A Orquestra já se apresentava.<br />
Só se ouvia uma voz divina vinda da coxia.<br />
<br />
A uma certa altura de todo aquele show.<br />
<br />
Sabia que a princesa chorava.<br />
Ao som daquela melodia.<br />
<br />
E por isso eu não olhava para trás.<br />
Eu chorava olhando pra frente.<br />
Olhando pro Milton.<br />
Preso aquela canção.<br />
Quase fui chorar no banheiro. <br />
Mas eu sou até fraco.<br />
<br />
Milton me emociona muito.<br />
Meu lamento.<br />
Sinto Minas. </div>
<div class="fr">
<br /></div>
<div class="fr">
</div>
<div class="fr">
<br /></div>
<div class="fr">
<br /></div>
<div class="fr">
Samuel Becket + Guimarães Rosa + Holderlin + Tom Zé + Milton</div>
<div class="fr">
<br /></div>
<span class="aut">
</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-2493888207015398092014-07-29T16:21:00.004-07:002014-08-18T18:44:00.669-07:00Miserere nobis<br />
<i> Ele estava dentro da loja de biscoitos comprando suspiros. Eu caminhava pela Savassi carregando um livro da Simone de Beauvoir sobre velhice e um entusiasmo diante do meu mais novo romance de Thomas Mann: A morte em Veneza. Estava ali flanando a procura do último livro da Adélia "Miserere" e não tive sucesso. Aliás, acabei pelo acaso tendo:</i><br />
<br />
<i>Um saco cheio de suspiros. </i><br />
<i>Um doce e inesperado abraço</i>.<br />
<br />
<i>Convidei o para andar até a praça da Liberdade, assim como no primeiro capitulo do romance de Thomas Mann, mostrei me grato, causando a ele alguma felicidade com a sua aproximação, mas também algum pesar por ciúmes, desilusão, e pelo esforço inútil para conseguir estabelecer uma comunhão espiritual.</i><br />
<br />
<i>Li agora uma coisa maravilhosa, algo magnífico: </i><br />
<br />
“<i>Ele era mais bonito do que as palavras podiam exprimir, e Aschenbach</i> (o homem de meia-idade) <i>sentiu
dolorosamente, como tantas vezes antes, que a linguagem pode apenas
louvar, mas não reproduzir, a beleza que toca os sentidos.</i> (...) <i>Tadzio</i> (o rapaz polaco) <i>sorriu;</i> (...) <i>E
recostando-se, com os braços caídos, transbordando de emoção, tremendo
repetidamente, segredou a formulação tradicional do desejo - impossível,
absurda, abjecta, idiota mas sagrada, e mesmo neste caso honrada:
"Amo-te!" _ Thomas Mann</i><br />
<br />
<i>Estou ainda suspirando leve... </i><br />
<i></i><br />
<i></i><br />
<i><br /></i>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i></i></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-21205244391279702912014-07-29T09:09:00.001-07:002014-08-18T18:44:42.945-07:00Sossego e pazNão deu muito bem pra entender o que houve.<br />
Foi sendo.<br />
E de uma forma que quando aconteceu nem deu muito pra perceber o estrago.<br />
<br />
Chovia, uma chuva fina. Fazia frio. Tinha neblina.<br />
<br />
Havia um barulhinho de água, ali bem perto.<br />
Antes disso ele ouviu estrelas.<br />
Nelson Freire no piano.<br />
<br />
Foi.<br />
E foi indo... <br />
E até agora acha que está sonhando. <br />
<br />
Com o barulho de um córrego na alma.<br />
Foi para sempre. <br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-14944086304957369532014-07-27T06:44:00.002-07:002014-08-18T18:48:16.970-07:00Alma ao marAlma! (ao mar)<br />
Deixa eu ver mar <br />
A epiderme do mar <br />
Superfície!<br />
Mar<br />
Deixa eu tocar seu mar <br />
Com a superfície da palma<br />
Da minha mão<br />
Superfície!...<br />
Easy! Fique bem easy<br />
Fique sem, nem razão<br />
Da superfície!<br />
Livre! Fique sim, livre<br />
Fique bem, com razão ou não<br />
Derivar<br />
Ao mar.<br />
Isso do medo se acalma<br />
Isso de sede se aplaca<br />
Todo pesar não existe<br />
Alma ao mar;<br />
Como um reflexo na água<br />
Sobre a última camada<br />
Que fica na<br />
Superfície!...<br />
Crise!<br />
Já acabou, livre<br />
Já passou o meu temor<br />
Do seu medo sem motivo<br />
Riso, de manhã, riso<br />
De neném a água já molhou<br />
A superfície!...<br />
Mar<br />
Daqui do lado de fora<br />
Nenhuma forma de trauma<br />
Sobrevive!<br />
Abra a sua válvula agora<br />
A sua cápsula mar.<br />
Flutua na<br />
Superfície!...<br />
Lisa, que me alisa<br />
Seu suor, o sal que sai do sol<br />
Da superfície!<br />
Simples, devagar, simples<br />
Bem de leve<br />
A onda já quebrou<br />
Na superfície!...<br />
Mar<br />
Daqui do lado de fora<br />
Nenhuma forma de trauma<br />
Sobrevive!<br />
Abra a sua válvula agora<br />
A sua cápsula mar<br />
Flutua na<br />
Superfície!...<br />
Lisa, que me alisa<br />
Seu suor, o sal que sai do sol<br />
Da superfície!<br />
Simples, devagar, simples<br />
Bem de leve<br />
A onda já quebrou <br />
Na superfície!...<br />
Alma!<br />
Deixa eu ver seu mar <br />
A epiderme do mar <br />
Superfície!<br />
Mar<br />
Deixa eu tocar seu mar <br />
Com a superfície da palma<br />
Da minha mão<br />
Superfície!...<br />
Mar<br />
Deixa eu ver!<br />
Deixa eu tocar!<br />
Alma! Alma!<br />
Deixa eu ver!<br />
Deixa eu tocar!<br />
Alma! Alma!<br />
Profunda<br />
Alma! Alma!<br />
Profundo<br />
Mar.<br />
<br />
"Metade de minha alma é feita de maresia" <br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
Toda licença à Arnaldo Antunes</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-48011365442345529392014-07-25T09:54:00.001-07:002014-07-25T09:54:28.251-07:00Sossego e pazPrimeiro o João, meu Buda ditoso. Do Porto da Barra se avista. Itaparica.<br />
Depois o querido Rubem, meu mestre no olhar. A música como remédio pra alma.<br />
Lá pras banda do Ser tão foi Ariano. Sonho e riso. O rosto e a voz<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLLJ5_htvfcp3RoYUn_rLne9xxF6dQnX2ZfiHN8vfYFnHw5XQGaEbTTruGB4oQsrLwtuyGApAbYV1a92EDPSHeXhbtJq7BlN7hL6YylgT91E6LqVQ146R2ZLQqHf9sKcshBBFmO2tsCG0/s1600/poa10.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLLJ5_htvfcp3RoYUn_rLne9xxF6dQnX2ZfiHN8vfYFnHw5XQGaEbTTruGB4oQsrLwtuyGApAbYV1a92EDPSHeXhbtJq7BlN7hL6YylgT91E6LqVQ146R2ZLQqHf9sKcshBBFmO2tsCG0/s1600/poa10.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
do Brasil.<br />
Por fim lá pros lados da Espanha. Cinema e luz.Em plena ação. <br />
Desse amor que não sai.<br />
Saudade é o lugar que vivo. <br />
Sexo. Corpo. Poesia.<br />
O meu olhar sempre comprido.<br />
O meu olhar de adélia poesia:<br />
<br />
<i>E eu acho que é <nobr><a class="FAtxtL" href="http://apertateclasap.blogspot.com.br/#" id="FALINK_3_0_2">isto</a></nobr>
mesmo: quando a gente está apaixonado, quando a gente experimenta a
paixão, você quer segurar a pessoa e falar: "Fica na minha frente para
eu te olhar...". Não precisa nem casar, é só olhar, é só olhar. Tenho um
poema em que eu acho que dei conta de falar isso, "A Terceira Via":</i><br />
<br />
<blockquote>
<div align="justify">
<big><span style="font-size: x-small;"><i>Meu espírito - que é o alento de Deus em mim - te deseja<br />pra fazer não sei o que com você.<br />Não é beijar, nem abraçar, muito menos casar<br />e ter um monte de filhos.<br />Quero você na minha frente, extático<br />- Francisco e o Serafim, abrasados -,<br />e eu para todo o sempre<br />olhando, olhando, olhando...</i></span></big></div>
</blockquote>
<i>(...) <span style="text-align: justify;">Então, nem precisa casar mesmo, pode parar aí, que já está no Céu."</span></i> <br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-35072476701832868942014-07-21T20:02:00.001-07:002014-07-21T20:04:24.356-07:00POEMAEPOPNObre<br />
Riso.<br />
De manhã riso...<br />
É DOMingo e sobrevivo.<br />
Ordem<br />
Progresso<br />
Pessoas.<br />
<br />
POP<br />
<br />
<br />
PObre<br />
RICO.<br />
De manhã rico...<br />
É domingo e sobrevivo.<br />
Sonhos INtensos<br />
InVENTO uns verSOS<br />
Poema.<br />
EMA<br />
AME<br />
MAE <br />
NAVE particulAR.<br />
De cada uniVERso.<br />
AVE<br />
EVA demonstração<br />
De fé e esperança.<br />
HAV<br />
VAH <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjljFjo4klrAvvaL1oAn-wbpAALhCkjW8G6d_BegjYJJ_53dBDq2U8T9-DnlRnZSfRs8JjGGITmsWGXO7bmTFr-B382LsKnjXCwgYFcP9sPa4QbPkJ8CPfe6c6txYZlpe_lNP-Hq7HHH90/s1600/ALMA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjljFjo4klrAvvaL1oAn-wbpAALhCkjW8G6d_BegjYJJ_53dBDq2U8T9-DnlRnZSfRs8JjGGITmsWGXO7bmTFr-B382LsKnjXCwgYFcP9sPa4QbPkJ8CPfe6c6txYZlpe_lNP-Hq7HHH90/s1600/ALMA.jpg" height="225" width="320" /></a></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-84063865498500495102014-07-19T16:35:00.001-07:002014-07-19T16:35:23.311-07:00Sobre a morte e o morrer - Rubem Alves<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br /><div align="center" class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><i>
O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de<br />
um ser humano? O que e quem a define? </i></span></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvnAaXLyvKVBUJBmSS8d0YaB0K_qVSXf9gZkmZj3VOP6WA-GWmYJrrEp4Q9PCoz32zXDSACpqmyVRJzuASdwgq06XKUnj2MW2o9bFV3F3R6AtRXL3AJfXbcloZuXRmte0yaPB_ujxWSzw/s1600/michelangelo__s_pieta_by_wyldin-d5krybw.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvnAaXLyvKVBUJBmSS8d0YaB0K_qVSXf9gZkmZj3VOP6WA-GWmYJrrEp4Q9PCoz32zXDSACpqmyVRJzuASdwgq06XKUnj2MW2o9bFV3F3R6AtRXL3AJfXbcloZuXRmte0yaPB_ujxWSzw/s1600/michelangelo__s_pieta_by_wyldin-d5krybw.jpg" height="303" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;">Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo
com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver."
A vida é tão boa! Não quero ir embora...<br />
<br />
Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu
nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?".
Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: "Não chore, que
eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a
saudade.<br />
<br />
Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito
navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas,
nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto,
aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...” <br />
<br />
Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem
culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto,
interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante.
"Minha filha, sei que minha hora está chegando... Mas, que pena! A vida é tão
boa...” <br />
<br />
Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações,
aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa
fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou
palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a <nobr><a class="FAtxtL" href="http://www.releituras.com/rubemalves_morte.asp#" id="FALINK_1_0_0">passagem</a></nobr>
seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem
dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.<br />
<br />
Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem
velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai.
Dirigiu-se, então, ao médico: "O senhor não poderia aumentar a dose dos
analgésicos, para que meu pai não sofra?". O médico olhou-o com olhar severo e
disse: "O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?".<br />
<br />
Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há
dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual
foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu
em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá
o nome de ética.<br />
<br />
Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa
cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu
anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos
automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e
o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o
acorde final.<br />
<br />
Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu
também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os
mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo
princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser
humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente
morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de
ondas cerebrais?<br />
<br />
Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a
forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define
biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da
alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma
numa casca de cigarra vazia.<br />
<br />
Muitos dos chamados "recursos heróicos" para manter vivo um paciente são, do
meu ponto de vista, uma violência ao princípio da "reverência pela vida".
Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam
dizer: "Liberta-me".<br />
<br />
Comovi-me com o drama do jovem francês Vincent Humbert, de 22 anos, há três anos cego,
surdo, mudo, tetraplégico, vítima de um acidente automobilístico. Comunicava-se por
meio do único dedo que podia movimentar. E foi assim que escreveu um livro em que dizia:
"Morri em 24 de setembro de 2000. Desde aquele dia, eu não vivo. Fazem-me viver.
Para quem, para que, eu não sei...". Implorava que lhe dessem o direito de morrer.
Como as autoridades, movidas pelo costume e pelas leis, se recusassem, sua mãe realizou
seu desejo. A morte o libertou do sofrimento.<br />
<br />
Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e
tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A
"reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte
chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica,
simétrica à obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão
morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir.
Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já
encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo,
com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar
medo.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-13256203556873382112014-07-19T11:24:00.000-07:002014-07-29T17:03:37.983-07:00Para Rubem Alves<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Para sempre vivo.</i></span><br />
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Para sempre grato.</i></span><br />
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Doí um pouco, mas passa.</i></span><br />
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Fica essa alegre lembrança.</i></span><br />
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Dos passeios que os teus olhos fizeram.</i></span><br />
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Das coisas que dividiu comigo. </i></span><br />
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Essa tua poesia.</i></span><br />
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Essa tua paz.</i></span><br />
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Esse teu requinte pra música.</i></span><br />
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Remédio para alma. </i></span><br />
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i><span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Resta essa esperança.</i></span> </i></span><br />
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>E todas as histórias.</i></span><br />
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Que ainda temos pra contar.</i></span><br />
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Doí um pouco, mas passa. </i></span><br />
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Para sempre vivo.</i></span><br />
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Para sempre grato.</i></span><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2tMib1hdRP0e64yNxr3ikU59iDlz02V5Z5tAvG2XpFArqhnuG_WDnsCQ0EwphC8W5w5VOLTgZoWUN8OJ6dTexlLFYzrjCLAYlUQnLzxVHZ1fmbJoDRb1CYTf1FiMrRiMqK65yE59D1uk/s1600/Ip%C3%AA-Amarelo-paisagem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2tMib1hdRP0e64yNxr3ikU59iDlz02V5Z5tAvG2XpFArqhnuG_WDnsCQ0EwphC8W5w5VOLTgZoWUN8OJ6dTexlLFYzrjCLAYlUQnLzxVHZ1fmbJoDRb1CYTf1FiMrRiMqK65yE59D1uk/s1600/Ip%C3%AA-Amarelo-paisagem.jpg" height="239" width="320" /></a></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-5954712492796757602014-06-21T17:51:00.000-07:002014-06-21T17:54:08.081-07:00Tum, tum, goiabaBago de jaca, manga, pinha<br />Vou te dar na boquinha.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-63379017276114734272014-05-20T04:24:00.000-07:002014-05-20T04:24:14.154-07:00Qual a palavra que nunca foi dita, diga<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/uPTXjltIjA4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-81885961861445703382014-05-18T08:11:00.000-07:002014-05-18T08:11:24.804-07:00"Música velha é que é bonita"Sofro essa dor de rancho...<br />
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/WdSvm0etFn8?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe>Todo cheio de buraco de dor e solidão.<br />
Cai e pira.<br />
Minas. <br />
Jeca.<br />
Mato.<br />
Santo.<br />
Amaro.<br />
Puro. <br />
<br />
O silêncio de D. Canô faz parte da música.<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-59905290388095382362014-05-18T07:49:00.001-07:002014-05-18T07:49:33.452-07:00Silêncio...ação...gravando...Não faço sexo.<br />
Faço cinema.<br />
Sem roteiros.<br />
Atuação livre.<br />
Feito.<br />
Palavra.<br />
Sem acordos.<br />
Com acordes.<br />
Música.<br />
Faço.<br />
Amor.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-76137033432447420152014-05-18T07:04:00.003-07:002014-05-18T07:04:39.085-07:00Nua ideia de mim [para Adriana Calcanhoto]<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh_HmFJ-tLiSVcpHXdlj-cozMLqMuNVtwKS82wepJnKbHFK9OBbmZz4SNHCqvWAnI7nkHBOYYOej98895dDs-Q4mTXSpCDHOdz2Nm88FDUXkUTFgPSc5gt8JM5dpdufFxaPNJ0763T9cg/s1600/olhos-de-onda_calcanhotto.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh_HmFJ-tLiSVcpHXdlj-cozMLqMuNVtwKS82wepJnKbHFK9OBbmZz4SNHCqvWAnI7nkHBOYYOej98895dDs-Q4mTXSpCDHOdz2Nm88FDUXkUTFgPSc5gt8JM5dpdufFxaPNJ0763T9cg/s1600/olhos-de-onda_calcanhotto.jpg" height="182" width="320" /></a>Sou louca.<br />
Palavra.<br />
Rasgada.<br />
Na boca <br />
Sou Diva.<br />
Palavra.<br />
Deprimida.<br />
Sou doida.<br />
Varrida.<br />
O lixo.<br />
O luxo.<br />
Aqui dentro.<br />
Lá fora.<br />
Sou lida.<br />
Servida.<br />
Na cama.<br />
Comida.<br />
Na mesa <br />
Sou arte.<br />
<br />
Sou capa de revista. <br />
<br />
No espelho não sei quem sou...<br />
Meu silêncio atende o telefone. <br />
Sou doida<br />
Me ame.. <br />
Me came<br />
Me case<br />
<br />
Sou foda.<br />
Contida.<br />
Sou louça.<br />
Querida <br />
Palavra.<br />
Na pia.<br />
Uma gota.<br />
Fudida. <br />
Espuma.<br />
Sou de aço.<br />
Pano de prato.<br />
Papéis de cartas. <br />
Sou velha. <br />
Sem fita,<br />
Sem laço.<br />
Cuidadosa <br />
Faxina;<br />
Vagina.<br />
Sou frida.<br />
Não calo.<br />
Sou mãe.<br />
Sou filha.<br />
No meio do caminho do mundo...<br />
Sou bruxa malvada, cheia de cores.<br />
Ouço rádio e penso na vida.<br />
Ser ou não...<br />
Ter a pia.<br />
<br />
Masturbação.<br />
Planeta <br />
Rotina.<br />
Buceta. <br />
Sou seu parque.<br />
Sou sua praça.<br />
Sou sua graça mais sem graça.<br />
Sua onda mais frequente.<br />
Sua praia de sempre.<br />
Sua diversão.<br />
Sua surfistinha. <br />
<br />
Came.<br />
Case.<br />
O amor e suas fases.<br />
Came<br />
Case<br />
O amor e suas faces.<br />
<br />
Nua ideia de mim. <br />
Olhos de onda.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-47388860234086038272014-05-17T21:19:00.001-07:002014-05-17T21:19:04.926-07:00Meu mundo é hoje.Eu sou assim, quem quiser gostar de mim eu sou assim.<br />
Eu sou assim, quem quiser gostar de mim eu sou assim.<br />
Meu mundo é hoje não existe amanhã pra mim<br />
Eu sou assim, assim morrerei um dia.<br />
Não levarei arrependimentos nem o peso da hipocrisia.<br />
Tenho pena daqueles que se agacham até o chão<br />
Enganando a si mesmo por dinheiro ou posição<br />
Nunca tomei parte desse enorme batalhão,<br />
Pois sei que além de flores, nada mais vai no caixão.<br />
Eu sou assim, quem quiser gostar de mim eu sou assim.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
Wilson Batista </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-31260580357102375542014-05-11T20:39:00.002-07:002014-05-13T10:05:05.617-07:00Sou feliz agora<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/yF-GvT8Clnk?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
<br />
Agora sou a chuva que cai. <br />
Agora sou aquela caçamba cheia lá fora.<br />
Agora aperto os botões. <br />
<br />
<br />
Agora já perdi minha hora.<br />
Agora pro tempo que chora. <br />
Agora relógio sem cordas.<br />
Agora que estamos juntos.<br />
Agora é essa espera.<br />
Agora é essa demora.<br />
Agora essa música justamente<br />
Agora...<br />
Tim Maia<br />
Maio<br />
Agora.<br />
Caio Fernando Abreu agora...<br />
<br />
<br />
<br />
Você<br />
Justo<br />
Agora.<br />
<br />
<br />
From this time unchained...<br />
Chove e venta sobre o meu silêncio. Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8790464401874445455.post-56713978241007177922014-05-04T05:36:00.003-07:002014-05-04T05:36:59.025-07:00Pão e Circo.Falou baixinho só pra eu ouvir:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0q8JRcQcnGK_majctu6jZnD1IRMua6pYpekwCKnwKzLXl20XB4R9AbPLvDKaAFzlCsa-Cdt89k88f0oSxYjX5W5AjU7QBv6sbUrhh9SyjpxZmb-tibNrf2_VrJx4fASvQEZujKM4baMo/s1600/palha%C3%A7om.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0q8JRcQcnGK_majctu6jZnD1IRMua6pYpekwCKnwKzLXl20XB4R9AbPLvDKaAFzlCsa-Cdt89k88f0oSxYjX5W5AjU7QBv6sbUrhh9SyjpxZmb-tibNrf2_VrJx4fASvQEZujKM4baMo/s1600/palha%C3%A7om.jpg" height="312" width="320" /></a></div>
"você é bonitinho e puto."<br />
<br />
Depois me fez de palhaço.<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13070254016099024456noreply@blogger.com0