domingo, 11 de janeiro de 2009

A felicidade também é azul


Fomos almoçar na cidade de Lagoa Santa. Na volta; já com a preguiça costumeira que temos após o almoço deitei no banco traseiro. Fui deitado olhando pela perspectiva da janela de trás do carro. Olhava para cima com o carro em movimento, ao som de Nina Simone ao fundo. Gosto desses momentos em que se olha o céu através da pequena janela e se pensa na "vida". Geralmente faço muito isso quando viajo de avião, vejo o céu e quando tenho oportunidade vejo o mar e acredito que o mar possa ser céu também. Céu e mar e um azul profundo. O amor é azul como na musica de Djavan. O tempo que dura para mim é sempre um tempo de 'puxar o filme atrás' e reviver o que vivi nessas viagem. Sejam breves ou longas todas as viagens ficam sempre muito marcadas na minha memória. Mas essa foi logo ali mas exata para eu pensar enquanto observava as nuvens no céu. Sair de casa é muito bom,sempre algo surpreendente pode acontecer. Um momento para Quintana:

”A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!

Em casa, deu me a vontade de escrever sobre as nuvens: A primeira vez que vi nuvens por cima, sentado num avião, ocorreu a idéia de estender a mão e recolher um pouco. Hoje sei o que as nuvens são; gosto mais do céu azul, mas também gosto de certas nuvens. Não gosto de outro tipo de nuvens, as nuvens que nos vão ensombrando o futuro, nuvens pesadas de ameaça e de cinzento, nuvens que teimam em tornar tudo mais negro, quase que á força, roubam o sol, não trazem tão pouco chuva, trazem só tristeza, injustiças. Essas ando sempre a soprá-las…

Hoje sei que as nuvens são só gotas de água suspensas.


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A música que toca na rádio era:
Nina Simone - My Baby Just Cares For Me

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