sexta-feira, 17 de setembro de 2010

E a gente vai levando...


Depois de voltar da praia continuei a pensar enquanto ouvia Djavan. A vida tem dois lados, isso está muito claro pra todos nós. Então porque vivemos com tantos questionamentos? Porque simplesmente ainda tentamos pelas nossas crenças argumentar nosso ponto de vista?  

Existem mil coisas produtivas que podemos fazer justamente agora. Coisas acontecendo e diria coisas fantásticas acontecendo para simplesmente ficarmos aqui nesses argumentos argumento. Não precisamos entender tudo. E nem dar explicações de tudo. Os fatos  são apenas o que você designar a eles em termos de tamanho, grau de importância, repercussão, consumo mental. Fazemos dos acontecimentos o que bem decidimos. Sua banda é você quem escolhe o repertório. São interpretações dos fatos, apenas.
Tenho uma falta de paciência enorme em me sociabilizar, justamente porque as pessoas sempre questionam e moralizam conceitos que não podem ser fechados. Que mal tem a pessoa trair por exemplo?

 A pessoa que trai tem lá suas razões pra praticar tal ato e podemos até não concordar com o ato, mas o fato existe. Não sei as razões e nem posso dizer que concordo ou discordo. Apenas aceito a condição que existe a traição e ela sabe muito bem pra quem aparece. São muitas as questões que levam uma pessoa insegura com o seu modo de vida a trair. Não serei eu a dar a chicotada, a traição é com ela mesmo, vai traindo suas próprias escolhas. 

Outro ponto é sobre  estilo musical, estão todos disponíveis pra quem quiser ver e ouvir. Agora mais do que nunca qualquer um pode gravar uma música e disponibilizar na rede. Existe mil coisas interessantes e toscas pra quem quiser ver/ouvir. Se prefere pagode ouça, bossa nova é sua praia? Desfrute. O que não é legal é ficar criticando um estilo, apenas por não ser o seu. A sua educação musical não deve ser comparada, apenas se for necessário compartilhada.

Gosto de experimentar tudo. Tenho fascínio pelo novo: um som novo, um livro novo, um lugar novo, novos amigos  e vou descobrindo o mundo a cada dia. Mesmo sabendo que ele é a mesmice de sempre; a cura vem pela arte. Pela capacidade de viver com essas diversidades fantásticas todas que encontro pela frente. Viver parece que só vai:  e a gente vai levando...acordamos já cansado, tomamos café as pressas, ficamos preso no transito, a mesma falação do trabalho, ouvir aquele seu colega de trabalho que fala todo dia a mesma coisa (líder da falação no trabalho), voltar pra casa, novamente o transito, o  cansaço, o banho e cama. Daí vale o velho e gasto ditado:

“Pra quem não sabe onde quer chegar,qualquer caminho serve.” Então vamos todos oh gado...povo marcado ê...povo feliz!

Mas e as escapadinhas que damos, entra que hora dessa rotina?
Sei que você deve está terminando a faculdade ou um curso ou pretendo arrumar um trabalho melhor ou arrumar um trabalho que seja. Que a principio já planejou o seu futuro e sabe muito bem aonde quer chegar. Isso já é ser determinado por conceito. Sei que você gosta de futebol nos fins de semana, depois esticar com um chopinho como os amigos, gosta de fazer compras em shopping Center, quer ter carro e apartamento próprio, quer ter filhos, arrumar uma pessoa ideal, viajar mundo afora, ler muitos livros, fazer um curso de culinária, outro de fotografia, que participar de alguma ONG. 

A caminhada é longa e necessária. É preciso ter um pouco de sorte, de foco e fé  para não se perder meio a tantos projetos e as escapadinhas. Pois bem, pra mim a felicidade esta de fato nessas escapadinhas que damos na vida. É o verdadeiro recheio da nossa vida.
Basta viver, abrir um sorriso e ter todos os verbos praticados a sua frente. Tente não pensar um tiquinho. Escape da rotina. Coloque o sorriso dentro das tuas frases.Olhe alguns minutos  para o céu repare no tom das águas do mar, veja as estrelas. Pare de procurar.

Entenda-se por escapadinhas o ato de deixar o inesperado lhe fazer uma visita.

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