terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Amarga tolice

Eu quis vir aqui relatar um fato que me ocorreu agora a pouco. Um milagre em forma de choro, não era um choro triste não...era um choro muito bonito acompanhado de uma bela canção. Foi um choro escondido, no escuro do meu quarto. Chorava e ria ao mesmo tempo, isso por ter conversado contigo hoje e entendido que a nossa conversa foi proveitosa e que, ao que parece, amadurecemos. Por saber que você está bem e feliz,por saber que ainda gosta de mim, por saber que ainda gosta de mim mesmo eu sendo chato assim. É, achei tudo isso muito forte e muito autêntico da tua parte em se mostrar pra mim. Cheguei a ficar abafado de tanto choro. Corri para abrir a janela, arregacei as cortinas e o meu peito em busca de ar e me deparei com a mais grandiosa lua no céu. Nunca vi um céu tão bonito assim e sei que houve tantas outras noites de luar muito mais maravilhosa que esta, mas foi exatamente nesta que me emocionei.

Acho que cada um deve respirar um pouco e fazer com isso a sua pequena fuga, ainda que seja ler livros diferentes e assistir a espetáculos um sem a companhia do outro. É amargo saber que bom seria com você por perto, que cada livro novo fosse compartilhado contigo e que a minha experiência de mundo assim também fosse,mas a distância vem alimentando o nosso amor a maneira que escolhemos viver. Um tanto assim, um longe do outro. Um morrendo no outro nesse mar bobo do tempo.

Me agarro aos instantes que passamos juntos, aquilo que ficou eterno em nós. Ainda que morto lá trás com toda riqueza descritiva das sensações vividas com todos os nossos gestos mais simples com o mar por perto, o vento, a areia, as estrelas, os livros, as músicas, o vinho e a cama....

Uma pena você não saber me conduzir do mesmo modo que me envolve a distância.


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