sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A dieta das palavras.


Não me sinto confortável em falar com meus colegas de trabalho.
Troco palavras vazias.
Sou mãos e todo ouvido.
Executo, logo trabalho.
Não sei se existo.
Vou morrendo dessa fome.

Queria dizer

Quem lida com "peão" é obrigado a pensar.
Será que ela sabe  jogar xadrez.
Será que ela já passou por um  canteiro de obras.
Será que mexeram com ela?
Será que mexeram no queijo dela?
Canteiro do Rosa, conheço.
E também o peso de um saco de cimento.
E também o peso de um saco de batatas.
Ultimatum.


O que a  vida quer da gente é coragem.
Ela não consegue me ver.
Ela não conhece o meu sonho.
Ela diz que tá ali pra mandar.
Eu faço tudo que ela manda.
Tentei falar sobre compreender.
Nem ela sabe o que precisa ser feito.
É desse jeito.
Afoita não sabe entender.
Só manda fazer.
E quer pronto.
Naquela hora.
Isso ou aquilo;
Tudo ao mesmo tempo.
Pronto nunca reconhece quem fez.
Quem é a bola da vez?
Sou pra ela um sujeito indeterminado.

 Atravesso a cidade
 Da Saudade
 Afonso Pena
 Ao São Bento
 Ajudai  essa mulher a aprender.
 Tire água dessa pedra.
 No meio do meu caminho tinha essa pedra.
 Vou ser gaúche na vida ...

Inconformado, não faço cena.
Executo, logo, pra ela existo.
Uma pena, fui Verdinho para você
Amadureci pra liberdade
De pensar em paz
E fazer a vida valer a pena.


" A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte"

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