Sonhei essa noite que pedi ao meu amigo Robles que me mostrasse onde era a casa da Adélia.
Ele reside em Divinópolis, essa cidade que é o meu parque de diversões poéticas.
Lugar que eu desconheço, mas que sinto demasiadamente como encantado.
Lugar de fantasias.
Cheguei aqui em 1978 com o coração disparado.
No meu sonho eu era a carne viva.
Em contato com a metafísica da Pessoa Adélia.
No meu sonho eu era um choro sofrido e um abraço.
Como quem quer abraçar o mar.
Tudo é possível.
Nem tudo é imaginação.
No meu sonho eu era feliz.
Nada de coração partido.
Ele estava inteiro.
Pulsando vida.
Disparado em prosa e poesia.
"Na cama larga e fresca um apetite de desespero no meu corpo. Uivo entre
duas mós. Uivo o quê? A mão de Deus que me mói e me larga na treva. Na
boca de barro, barro. Quando era jovem pedia cruz e ladrões pra
guarnecer meus flancos. Deus era fora de mim. Hoje peço ao homem deitado
do meu lado: me deixa encostar em você pra ver se eu durmo." Coração Disparado
.
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