quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Remédio para alma


Um estado de gripe.Suor e calafrios num dia de muito cansanço. Cheguei em casa: coloquei roupas para lavar (fiquei minutos olhando a máquina trabalhar);levei o lixo para fora;lavei as louças que estavam sobre a pia. Em seguida preparei café. Peguei o bolo e sentei no sofá para me alimentar. Tudo isso em silêncio e uma dor no corpo causado pela gripe. Não havia barulho algum no apartamento. Sentia que estava na minha ilha existêncial pensando nessas coisas que a gente faz (sem graça ou nao) que é justamente a vida;a vida da gente é a vida que a gente leva... Sobre o sofá azul havia um controle de t.v. Dei um clic que mudaria minhas próximas horas. Imediatamente um convite inesperado: A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais se apresentaria em alguns minutos no Palácio Das Artes. Imediatamente mudei minha postura e me desloquei ao teatro. De uma hora para outra houve uma mudança nos meus sentimentos. Sentia uma alegria plena. Queria ficar para sempre naquele instante,criar raízes naquele teatro. Pensei nas tarefas chatas do dia-a-dia. Pensei nos meus momentos,no como tenho feito para desfruta-los. Pensei na liberdade (de) e na liberdade (para) fazer as coisas. Naquele sofá azul com o prato de bolo na mão,vendo a moça do jornal anuanciar pensei: é isso,agora,hoje,é isso que eu quero!



*ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Grande Teatro do Palácio das Artes- Concerto Shakespeare em música.

Nenhum comentário: