segunda-feira, 18 de maio de 2009

Relatos de inquietude



Uma prancha de surf. Uma vontade de sair pro mar num dia quente. Um livro ainda pra acabar de ler. Tomar sorvete com você na Ribeira. Fotos de Pierre Verger jogado no tapete da sala. Um jazz com cappucino no fim da tarde. Um dia colorido e intenso, a casa toda aberta... o ar correndo solto. Música de Lily Allen no carro. Um novo rumo, encontros errantes, sorrisos desconhecidos. A noite sentar na praia para contar estrelas no céu e ouvir você contando coisas do seu dia. Ouvir sua fala desorientada e esperar pelo silêncio que virá. Os olhos então deram de falar. Eu e você e tudo mais ali por perto: barulho de ondas, luz da lua. Somos todos crianças distraídas.” Foi numa noite igual a esta, que tu me deste o teu coração”. Você então descansa no meu cangote, pula pro meu peito e dorme. Rimas bonitas e um silêncio que precede o beijo calmo. Isso basta. Acordo e sinto que tudo não passou de realidade. Eu, que achava que estava sonhando, vejo você ainda de olhos fechados me pedindo pra irmos embora pra casa.

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