segunda-feira, 22 de junho de 2009

Conto ou não...contos.


Sentado concentrado no livro de contos que Tarcísio me deu. Acabei de relembrar minha Minas tão cheia de modos e mineirice. Li um conto de Adélia Prado chamado “Sem enfeite nenhum”. Um jeito de escrever que me encanta que me põe no chão. Um final que me enche os olhos de lágrimas. Bem, estou em casa nesta semana de São João. As ruas estão completamente desertas e passear com Titus foi muito mais divertido, tranqüilo e sem pressa. Hoje o tempo corria devagar... Andamos a observar o mar de Amaralina; pela primeira vez na vida, andava com um cachorro a beira mar. Abafava de quente, depois de uma chuva de vento, desastrosa ( e chata) voltamos a caminhar. Pensei nas coisas de urgência que as pessoas sempre tem à fazer. Eu não ando com urgência em nada. É tarde, na praia com o cachorro e o mar. É tudo muito tranqüilo. É uma paz de São João. Viva São João e viva o milho verde!!! Nunca gostei de fogos no ar...nunca gostei de forró pop. O que sei de forró vem de Luiz Gonzaga e Dominguinhos que eu gosto demais da conta. Thadeu vive pra me fazer ouvir Elba Ramalha, mas não consigo ouvir mais que duas músicas. Mas enfim, as ruas estão tranqüilas porque é festa de São João na Bahia. Daí voltei e estou aqui com esse livro de contos despreocupado no sofá. Estou com saudades do cheiro de Minas, da tábua pub que comia com os amigos no café com letras...Estou com saudade do frio. Mandei e-mail pra muitos amigos. Aqui frio é abafado. Meu coração fica em parte aqui esperando o dia de retorno à pátria do pão de queijo

Nem sei por que estou escrevendo tudo isso. Não tenho nada pra contar. Ou teria algo pra contar? Eu apenas estou contando o que não é pra contar. Uma segunda cheia de contos e não contos.

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