segunda-feira, 6 de julho de 2009

Existe algo de ausente me atormentando...


Não ando bem da cabeça. De tanto pensar em você, hoje guardei o café na geladeira. Hoje me esqueci de lembrar que estou vivo. Meu despertador tocou a cinco da manha e não havia sequer um compromisso. Hoje é sábado, dia de praia. Lembrei do dia em que te vi pela primeira vez e enquanto pensava me peguei lendo o jornal da semana passada. É não ando bem da cabeça... O dia hoje parece pesado ou seria eu que estaria pesado? Movo com desembaraço, quando antes andar era a forma de captar os sinais dos dias lindos. O dia hoje está lindo e nem reparei nisso. E também não reparei que hoje acabei admirando um poema de Cecília Meireles:

“A doçura maior da vida flui na luz do sol, quando se está em silêncio. Até os urubus são belos, no largo círculo dos dias sossegados.”

Hoje fui à praia e como não ando bem da cabeça esqueci o protetor solar. Sentei e acabei não lembrando de ligar para uma amiga com quem havia combinado de juntos irmos a praia. Sim o dia estava lindo. Avistei lá longe um barquinho e o mar azul. A leveza do ar me trouxe a vontade de ir até lá e de lá ficar pensando em você. Pausa para entrar no mar.

Voltando do mar, dos mergulhos que dei enquanto retornava à areia comecei a observar as pessoas. Pessoas e coisas. Pessoas coisas. Coisas pessoas. Sim, de fato sou coisa diante de todas essas coisas aqui na praia. Estava agitado, inquieto e como não ando bem da cabeça me bateu a vontade de voltar pra casa. Tomar banho, comer e dormir um pouco.

Não ando bem da cabeça, fiquei de encontrar com um amigo para apresentar-lhe o Pelourinho e acabei esquecendo. Não estou com paciência também. Meu corpo quer sossego, inclusive para não sofrer. Meu coração arde feito brasa de imaginar você menos presa a mim do que eu a você. Um desespero de não poder ter você ao meu lado nesse dia lindo e feio pra mim.
Sei que de uma forma ou de outra, não deu. Tomei remédio para dor de cabeça e veio uma descoberta as duas da manhã: O problema é que se eu corro o bicho me pega e se fico ele me come. A manhã de domingo entra, com um recado de Drummond:

“Parar é regra de ouro (se não me falha a memória).”

De fato não ando bem da cabeça. Irei dormir.
Uma boa noite pra mim.
Se acalme, rapaz!

2 comentários:

Paulinha disse...

poxa, que lindo! :)

Cláudia Campello disse...

"E também não reparei que hoje acabei admirando um poema de Cecília Meireles:"

puta coincidencia!!! rsrsrs

boa noite preu" tbm!
boa noite proce moço!

bjssssssss