sábado, 17 de outubro de 2009

Um tom na vida sem tempo...

Ouvi muito fundo de quintal hoje. Não sei de onde vem essa força para o samba... Essa alegria que sinto quando ouço o batuque do pandeiro, o som do cavaco e a malandragem de um bom samba. Debaixo de um sol forte e um azul limpo de céu. O mais importante é que tudo estava perfeito e com o meu pensamento. O que de mim aparece nesse momento é puro pensamento desenhado. Como se eu fosse colorir as coisas. Com pincel de vastas cores. Não sei, mas já devo ter deixado claro que estou descobrindo novos limites na minha vida. Tenho muito medo de gente. Ando na rua com medo das pessoas. À noite quando volto pra casa tenho medo da violência. Eu que adoraria voltar andando pra casa, não posso. A qualquer momento posso ser abordado na rua e pelo preço de um celular ou relógio e/ou sei lá mais o que estiver comigo posso perder a vida. Eles não têm nada a perder, quem perde sou eu. Perco o momento de voltar pra casa caminhando num fim de noite, momento de ver as coisas com calma no meu tempo. Não sei por que estou nessa... Nem sei pra onde a gente vai se continuar assim. Sei que quero um ver um novo sol todo dia. Sei que tenho comigo alguém muito especial. Sei que tenho a vontade de chegar a casa no meu tempo. Nesse caminhar com meu pensamento, nessa abordagem que faço para tantos assuntos e lembranças de tantas pessoas. Na alegria que vem quando eu recordo um rosto amigo, quando vem a lembrança presente do passado. O passado parece estar na minha frente. Quando passo por um estranho e dou risada. Ele não faz idéia o que passa pela minha cabeça. Uma vontade de terminar o livro de Susan Sontag,uma vontade de dançar e ir ao show do Parangolé. Eu hoje entrei na loja e gostei de uma coisa tão bacana de se ver e de pegar: um enfeite de natal. O momento que peguei e apartei e o bichinho mexia as orelhas com seus sininhos...parecia a alegria recolhendo a mão pra me acalcar. Foi um sonho... Já é natal para o comercio... rs! Eu to agora lembrando de você...ta tocando Maria Gadú e bem na nossa música (Tudo diferente). É bacana essa onda de ouvir música e passar você na minha cabeça bem no momento. Eu to doidinho com cê. Outro dia entrei no banheiro do shopping e escrevi lá dentro sobre o dia no café Portela. O instante em que estava sozinho na varanda daquele café vendo você conversar com o baterista da banda. A maneira como contava os casos. Depois você me comendo com os olhos. Seus olhos são famintos por mim. São esses pensamentos que vem na minha cabeça agora. A minha balada você sabe qual é e onde é. Disto tenho certeza que você sabe. Não preciso entender sua mente, mas sou um cara deslocado, estranho, mas presente. Tenho uma burrice comigo que me incomoda e insiste em estar sempre presente. Ninguém tem nada de bom sem sofrer incômodo. Algo arranhando na alma e buscando a cura. Ontem vi uma coruja. Tenho medo da maneira como a coruja para no ar. Uma vez na praia eu vi uma. Bem, preciso dormir para poder despertar amanhã. Preciso de um tom, das coisas que cabem ainda dentro dessa nova felicidade... Ler poemas pra você e fazer sexo logo depois. É tanta coisa que ainda pode caber. Meu novo tudo de bom. A esperança é preservada. Cores e imagens, aquarela de pensamentos. Não quero te perder!


P.s: Defendo-me aqui através das palavras, se é que você me entende. E se ele um dia souber que você é que é o meu ioiô  de iaiá ?

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