domingo, 13 de dezembro de 2009

Procura-se um diretor de cinema...


Estava com uma ilusão e há tempos pensara o que fazer com ela.

Outro show de Maria Gadú e uma canção pra embalar dois corações. Olhei na sua alma e cantei. Deletei todos que estavam a minha volta. É foi-se. Era uma terça feira com lirismo. Havia um céu com uma bela lua para a ciência que fazia concentrada e nutrida, longe dos grandes temas do mundo. Éramos feitos de bastantes.

Era o momento super 8 da minha vida contigo. Tudo ali remetia um filme. Preste atenção aos detalhes:

1- Eu cansado no carro e você me dizendo se não era melhor voltar pra casa.
2- O momento do furar fila e tomar uma cerveja de virote.
3- Entramos; alguém precisa ir comprar cervejas.
4- A gente ganhou pulseiras de camarote.
5- A nossa cena no camarote... rs
6- A expectativa para o show e o momento em que a atração não era a que esperávamos.
7- A volta desmotivada para o fundo do palco.
8- Até o momento em que deixo de olhar pro palco e fixo em outro ponto: você.

O filme então começa agora:

Precisava daquele exato momento pra cantar a canção. Por um momento me perguntei se não era demais desenhar coisas na cabeça. E por vários momentos quis com que a tal coisa acontecesse de fato como planejado. Sei que tudo que eu queria era tentar e vê-lo feliz. Eu apenas tomei cervejas pra tomar coragem. E a ilusão se foi. Virou minha realidade:

Foi tudo muito rápido como um relâmpago na noite escura. Vi tudo completamente claro na minha frente e por poucos segundos tudo estava silêncio, escuridão e mais nada.

Aquilo era bom, porque fazia seu coração bater mais forte, porque lhe trazia uma sensação de alegria. Eu te vi suspenso no ar. Eu te vi feliz. A felicidade estava naquela hora bem perto da gente.

A leveza de cada um e a disposição de enxergarmos o que ficou lá naquele show. Eu latejando como um músculo do peito "jogado" na sua frente, fresco e pulsante. E para continuar a viver bater, é preciso tempo.

Obrigado pelo show!

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