sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Recheio Belga


Acabei de voltar da praia. Vim aqui por que vem se tornando quase impossível suportar tanta pressão. Não vou citar nada aqui a que se referem essas pressões até mesmo porque é o meu lado que está sofrendo toda a carga (tudo muito pessoal). Acredito que muita gente passa por coisas iguais ou piores a que venho sofrendo. Não posso deixar isso de certo modo atingir pessoas próximas. Pessoas que estão tendo todo o cuidado e apoio comigo. Não mesmo; posso afeta-las. Não seria justo. Por isso se faz necessário o ficar sozinho num canto. Faz-se necessário ir ao meio do dia sozinho para um mergulho ao mar. Ah o mar... o que me traz a tona sempre. Preciso urgente me recompor e sinceramente não sei e muito mesmo o Google sabe. Não sei e nem estou super a fim de procurar entender o que pode me aliviar nesse momento. Sinto uma força que mistura tudo e me tira do foco. Posso lhe dizer que estou vivendo...isso é um fato. Sem muito laia laia...sem samba. E escrever é uma forma de alivio pra mim. Vou liberando tudo sem muito esforço. Hoje voltando da praia sentei em uma pedra e parei pra sentir o barulho do vento e do mar. Peguei a toalha que estava em meu colo e tampei meu rosto. Fez-se um breu e uma graça de ficar no escuro sem pensar. Apenas sensações boas: uma riqueza no toque macio da toalha e também no cheiro de amaciante que ainda a impregnava. Essa sensibilidade de querer o simples é minha maior riqueza. Das coisas simples percebo a beleza da vida. Agora em casa achei um tablete de Ganache perdido na geladeira. Um momento feliz meio ao caos da vida moderna.


Felicidade se acha em horinha de descuido: eita que ela ta aqui agora!

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