segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A graça da generosidade




Café preto e lápis número 07. Logo cedo o papel branco figura nessa manhã cinza de segunda. Ontem passei o domingo cuidando da minha neguinha que se trancou em casa com febre e irritação nos olhos. Levei meu Pocoyo para lhe fazer companhia; levei alguns ingredientes para lhe preparar uma sopa. Levei a minha presença e o meu samba.

Dividimos nossa solidão, angústia e poesia. Tocamos violão, brincamos de criar canções e entre um café e outro sempre o riso rasgado que disfarçava o choro guardado. Tracei uma conexão entre espírito, mente e alma; pedi a Deus proteção e que nos trouxesse a calma. Ouvimos rádio quando ainda era madrugada e antes de partimos para o sonho de cada um trocamos questionamentos sobre a vida.
Da vida a gente quer o que nos dá coceira, provoque comichão.
Fincamos ali naquela tarde, nossos sentimentos, choros e cumplicidade musical. Um pufe e dois violões na morada da arte, sentimentos levemente soltos. O mundo fora daquela casa nada significava.

Nenhum comentário: