domingo, 24 de abril de 2011

Um amor meio sem paz


Declaro que quem bebe para esquecer as desilusões do coração; deverá ser amarrado e distanciado de qualquer aparelho telefônio e também de internet.
A verdade é que quando bebo fico nostalgico. E todo o cenário de Guarajuba+ som de Alexandre Pires no carro na hora de voltar + aquela cerveja derradeira na mão fizeram trocar a solidão pelas lembranças da nossa relação. Quando o amor deixa de ser grande penso que ele não fica pequeno, apenas vira um estorvo em nossas vidas. Daí é bom beber pra esquecer, essa agonia sem fim ,cantar e beber ...

Entendo que sair da vida dos outros é um exercicio imposto pelo caminho. Uma hora a gente se cansa e pede pra sair mesmo (a gente escolhe sair) e em outras é jogado pra fora pelas circunstâncias. Daí o que nos resta é seguir em frente. O unico cuidado que precisamos ter é que trocar solidão por lembranças pode ser muito perigoso. Ando pensando demais nisso. Só pensando... Deixando os pensamentos virem livremente e aguardando eles irem embora também livremente. Aí juro que por mais brega que possa parecer um dia você vai entender a sofisticação desse trecho de uma das canções do cantor Alexandre Pires (ta chato já citar demasiadamente esse cara, mas preciso):

Aí eu me afogo num copo de cerveja
E que nela esteja minha solução.
Então, eu chego em casa todo dia embriagado:
Vou enfrentar o quarto e dormir com a solidão.



Já estou policiando e pedindo ajuda a todos os amigos para que a medida que estiver "alto" retirem toda a forma de comunicação eletrônica de perto de mim! Aposto que Vinicius de Moraes que, de porre, declarava lindos poemas e frases lindas de amor numa roda entre amigos tivesse um celular por perto faria besteiras. O mundo anda cruel demais, sem poesia e você precisa tomar cuidado para não ficar xarope. E por falar em poesia vai uma, agora um tanto mais polida e sofisticada de Almost Blue...

Sirva-se de mais um drinque,
a felicidade não estará no gelo,
mas quem sabe?
Aliás,quem sabe você não a
encontra no próximo gole?


2 comentários:

Doroni Hilgenberg disse...

Nossa, como entendo esse teu texto. Todo o termino de uma relação é DOLOROSA. Deixa solidão e saudades, muito embora nem todas sejam boas. Eu não bebo, não tive onde me afogar e por isso não fiz nenhuma besteira. mas estive perto. Em todo o caso desafoguei neste poema
( quando ele quis voltar)

Veneno

Toma desse cálice
que me destes
Se embriaga nas palavras
que não dizes...
se envenena na lembrança
que te veste
e se despede desse sonho
que te abrasa! (DH)

bjs

Helena disse...

Acho que nao preciso mencionar nada ... melhor nao!