sábado, 28 de maio de 2011

Quantas gotas de esperança para um sábado


Tudo parece fazer pouco sentido neste sábado de sol, em Salvador... pego um livro, tentando buscar alguma utilidade. Inútil. No instante seguinte, abandono o livro e já penso em preparar alguma coisa para comer. As coisas continuam sem sentido. O tempo parece só estar acontecendo lá fora e se depender deste dia de sol, minha praia será aqui dentro. Desisto de pensar no que vou fazer. Vou bagunçar a casa toda pra ter o que fazer, bagunçarei toda a estante e vou voltar a procurar frases feitas, respostas prontas.

Procuro por um café, não tenho pó, daí invento um chá pra fazer. Falar em chás em apartamentos solitários sempre me lembra Caio Fernando Abreu, nem sei bem porque, mas chá me traz Caio e ultimamente ando com medo de me perder em suas escritas.

E escrevo, em velocidade igual a dos goles que dou no chá de camomila quente, excessivamente doce, tentando driblar a vontade de estar engolindo outra coisa. Mas é difícil demais optar num dia como o de hoje.

Tento me distrair com outra coisa. Coloco um som, baixo demais para prestar atenção na letra, mas não importa, já ouvi essa mesma música umas mil vezes hoje. Imagino que deva ser mais ou menos assim...

* na verdade, o melhor é a melodia da canção... a letra é tão bobinha que não quero me expor (rs)

Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro... (Clarice Lispector)


**aí a música: http://letras.terra.com.br/monique-kessous/1298334/ (veja o vídeo)

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