sexta-feira, 15 de julho de 2011

Caixa vazia.

Quem é André? Como pode falar tanto em uma pessoa e essa pessoa ser tão importante que ocupou de toda a nossa tarde?
Foi o que comecei a pensar ontem, quando cheguei em casa, exausto, e decidi arrumar uma montanha de livros na estante, para ter o prazer de ver aquele amontoado de teorias em outra dimensão. Tirar os livros da estante e desorganizá-los por títulos me fez ver e ter vontade de desorganizar mais e mais a minha casa, numa pretensiosa intenção de fazer tudo combinar com minha nova condição: confuso.

É estranho pensar que passei uma tarde com alguém e de uma hora para outra todos esses pensamentos estão suspensos, literalmente no ar. Não sei o que fazer. Poderia simplesmente substituir esses pensamentos pela dor que resiste em meu cotovelo, transferi-los para outra coisa, outra pessoa. Mas não sei se estou totalmente disposto a fazer isso. Acho arriscado demais. E daí vem às dúvidas, o medo...



Não posso escrever um discurso cheio de palavras vazias, mas o fato é que na tarde de ontem senti algo inesperado: cada frase, melodia cantarolada, o gosto do café e o doce frio que fazia naquele espaço me encheu de uma felicidade plena. Felicidade de estar contigo e por mais estranho que possa parecer estar completamente acolhido pelo diálogo e pelas coisas que você quis me fazer perceber ali. Guardarei o gosto daquele nosso café, amargo, quente e forte e com certeza, carregado de boas lembranças.

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