sexta-feira, 15 de julho de 2011

Mar

Respiro praia e saudosismo logo cedo nessa manhã de sexta. Ouço sambas de Noel, cantarolo bem baixinho a beira mar, peço licença e então mergulho. No exato momento em que mergulhei abri meus olhos debaixo d’água e comecei a pensar em Clarice Lispector. Nessa briga de mistério e beleza que ela percebe em tudo. Não tive vontade de subir a superfície para pegar o ar. Estava tranqüilo ali, meu pensamento estava cheio de Clarice. Um mar tão cheio de sol. Vendo peixinhos e conchas, batendo no fundo pra pegar areia. A água estava clara como o meu pensamento. Eu sou feito pra caber no mar e isso nunca vai ter fim...

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