quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Três planetas juntinhos


Literatura de cordel,ruas de Olinda, maracatu e uma saudade gostosa daquilo tudo que foi Recife. Daquilo tudo que fomos. Risos desconcertantes e também um mal estar em fincar nossas expectativas em terras alheias: todas as festas em Recife em 2 dias .Três planetas perdidos tentando se encontrar numa Recife antiga,sem passos coreografados ,sem marcações, e sim, soltos e alegres numa pista que não era nossa.Gostei tanto dessa nossa liberdade, tanto de receber bom dia do vento, de perceber o tamanho da tela verde e viva que fincava a nossa frente naquele apartamento em Boa Viagem. A leveza que mostrávamos ao subir as ladeiras de Olinda ouvindo casos, contando casos e percebendo a beleza do outro. Foi tão bonito aquela atenção e respeito que todos demos ao Anaíton, eu tenho orgulho de ficar perto de vocês. Essa realização dos desejos efêmeros e permitidos a todo instante: isso pra mim é encontro de almas, não “melancolia”.

De cantar Dora de Caymmi no banheiro...
 
Eu fervo
Eu frevo
Feliz
Foi o que vi acontecer
Foi o que ouvi alguém dizer
Corpo pintado em verniz
Madeira
Telhado de telha
Sem eira e nem beira
Com muita tribeira no coração
Cordel encantando
Fogo Cruzado
Sertão
Ser tão
irmão

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