A brahma, a chama, a lama, a fama, a dama, a jana e os nossos dramas...
Não
tem como não lembrar das
nossas gargalhadas sem fim nos finais de tarde ali na Guajajaras,
entre a cerveja, o seu cigarro e o cigarro do nosso Animal. Os nossos
olhos a procura de um porto pra atracar e atacar. Começo a lembrar que o nosso
tempo em Salvador, no Rio de Janeiro, em Catas Altas,Ouro Preto não
foram menores que os que tivemos ali naquela rua do centro de Belo
Horizonte. Era tudo muito simples: o bar, nós e algumas cervejas e o
nosso papo de sempre, o nosso [des] entendimento de sempre.
Acredito
que isso era efeito do cansaço somado à insatisfação,de sermos pobres
assalariados, mas
ainda assim conseguíamos dar as mãos no meio do caos e chorar de tanto
rir,de rir dos nossos [auto]boicotes. Se não fosse isso, seria a música
cantada aos gritos de dentro do carro [Sandra Sá], a gente indo pro bar
no meio da chuva [o papelão pra salvar o teu cabelo],
no meio do centro, no meio de uma quarta feira, enquanto nossos amores
ficavam sempre em casa sem esperar pela gente [e a gente a brindar por
eles]. O que ficou daquilo foi a gente. Dentro da minha alma. Dentro de
ti. Dentro dessa lembrança bonita que eu coloco na minha mala e levo
comigo. E essas lembranças, literalmente, sempre irão comigo, seja lá
onde for.
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