quinta-feira, 24 de junho de 2010

O céu estava assim em festa!

Muitas vezes o que me salvou foi improvisar um ato gratuito, se tem causas, são desconhecidas. E se tem conseqüências,são imprevisíveis.O ato gratuito é oposto da luta pela vida e na vida.Ele é o oposto da nossa corrida pelo dinheiro,pelo trabalho,pelo amor,prazeres,pelos táxis e ônibus,pela nossa vida diária enfim que esta é toda paga,isto é,tem o seu preço. Dona Clarice falou e ta dito!


Sinto que preciso cada vez mais de sono. Preciso de feriado, preciso de descanso. Quando acordo de manhã, já penso em que horas poderei chegar em casa e deitar de novo. Estou nada social e andam me cobrando isso. Preciso dar um jeito de aparecer. Preciso de Minas, de mãe, irmãos, sobrinhos e amigos. Voltar ao mundo dos jogos: do amor, do sexo, da amizade, diversão, melancolia. Me restabelecer na cidade.

Hoje é véspera de São João aqui em Salvador. O dia arrastado, cansado tirou o sol logo cedo pra descansar. Aqui volto eu do trabalho numa Manuel Dias inteiramente larga pra mim... As ruas estão livres para quem quiser ir aonde quiser. Apenas penso em ir pra casa e mais nada que cair na cama. Só este querer me acende.

Peguei um ônibus de volta pra casa, troquei de roupa, tomei um banho gelado, fui pra cama. Dormi até as seis horas. Ainda na cama sintonizei João Gilberto e deixei tocar. Caí a tarde, o sol desmaia aqui em Salvador e me encontro neste apartamento silêncioso e cheio de João. Hora de quebrar o silêncio. De ir até a varanda de casa e ver a mais bela estrela que desponta no céu. Cheguei a ter dúvida se era de fato uma estrela aquilo que cintilava forte em minha frente. Descansado com a mente quieta e sem o que fazer nesta noite rego minha mente branca com livros.

E viva o João, o São João e viva o milho verde!!!

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